sexta-feira, 24 de maio de 2013

Comentário do Evangelho dia dia (24/05) feito por Beato João Paulo II



(1920-2005), Papa - Homilia da abertura do
Sínodo sobre a Família, 26/09/1980, §5


                                                  «Os dois serão um só»


Quando Cristo, antes da Sua morte, no limiar do mistério pascal, reza dizendo: «Pai Santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um como Nós» (Jo 17,11), pede também de certa forma, e talvez de maneira especial, pela unidade dos esposos e das famílias. Ele reza pela unidade dos Seus discípulos, pela unidade da Igreja; ora, o mistério da Igreja é comparado ao matrimónio por São Paulo (Ef 5,32).

Assim, não só a Igreja deposita na família uma grande parte dos seus cuidados, mas também considera o sacramento do matrimónio, de certa forma, como o seu modelo. No amor de Cristo, seu Esposo, que nos amou até à morte, a Igreja contempla os esposos e as esposas que prometeram amar-se durante toda a vida, até à morte. E considera que tem o dever particular de proteger este amor, esta fidelidade e esta honestidade, assim como todos os bens que dela decorrem para a pessoa humana e a sociedade. É a família que propriamente dá vida à sociedade; é na família que, pela educação, se forma a estrutura da própria humanidade, de todos os homens deste mundo.

No Evangelho, [...] o Filho fala assim ao Pai: «Dei-lhes as palavras que Tu me tinhas dado: eles receberam-nas [...], e acreditaram que foste Tu que me enviaste. [...] Tudo o que é Meu é Teu e tudo o que é Teu é Meu» (v.8-10). Não é certo que o eco deste diálogo está patente no coração dos homens de todas as gerações? Que estas palavras constituem, em si próprias, o tecido da própria vida e da história de todas as famílias e, através da família, de todos os homens? [...] «Eu rezo por eles [...], por aqueles que Me deste, pois são Teus» (v.9).


Créditos: Evangelho Quotidiano

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