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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Comentário ao Evangelho (domingo, 19/02) por São Cipriano de Cartago


Comentário do dia 
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir 
Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291
«Eu porém digo-vos: Não resistais ao homem mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros ao apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...] 

Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (At 7,60). Foi o que fez o primeiro mártir de Cristo [...], que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da sua paciente bondade. 

Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). O cristão que foge dos assaltos da sua natureza caída como de um mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração a cólera a desordem. Pois não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rom 12,17), nem conceber o ódio.

Créditos: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Santa Catarina de Siena, Carta 9: Compaixão e conforto



Para uma senhora anônima


Saudação e objetivo

Em nome de Jesus Cristo crucificado e da amável Maria, caríssima irmã no bondoso Cristo Jesus, eu Catarina, serva e escrava dos servos de Jesus Cristo, vos escrevo no seu precioso sangue, desejosa de vos ver iluminada pela verdade de Deus.

Vós precisais da iluminação Divina

Sem tal iluminação não podeis participar da vida da graça neste mundo, vivereis em contínua amargura e, no fim, tereis a condenação eterna. Sem a luz de Deus, será má a vossa atitude diante do mistério (divino), ao interpretar como um ato de ódio os acontecimentos que Deus vos envia por amor, como algo mortífero, o que Deus vos concede para a vida.

Que verdade devemos conhecer, caríssima irmã? Devemos compreender que Deus nos ama intensamente. Por amor, Ele nos criou à sua imagem e semelhança, para que gozemos de sua eterna visão. E quem nos revela tal verdade, tal amor? O sangue do humilde e puro Cordeiro. Com o pecado de Adão, fôramos privados da visão de Deus e excluídos da vida eterna. O bom e amoroso Verbo de Deus foi mandado (ao mundo) para morrer, dando por nós sua vida e lavando nossas culpas em seu precioso sangue. Enamorado (dos homens), Jesus obedeceu a Deus Pai, correu ao encontro de uma muito vergonhosa morte e nos salvou. Tudo isso não é uma verdade oculta e o sangue (de Jesus) o manifesta. Se Deus não nos tivesse criado para o céu, se Ele não nos amasse também não enviaria (ao mundo) o Redentor.

Tal iluminação nos dá paciência e paz

Quando uma pessoa iluminada (por Deus), logo recebe em sua mente a luz da fé e começa a considerar bom tudo o que Deus lhe manda ou permite durante esta vida. Tudo o que Deus faz é por amor, para que sua verdade se cumpra em nós. A pessoa se torna paciente, nada a pertuba. Alegra-se com o que Deus permite que lhe aconteça. Com paciência verdadeira e santa, suporta enfermidades, perda de bens (materiais), de posições sociais, de parentes, de amigos. E o suporta não apenas com paciência, mas com respeito, como que diante de algo amorosamente enviado por Deus para santificá-la. De fato, ninguém é tão louco ou tolo, a ponto de pertubar-se quando recebe coisas boas para si; só mesmo quem nada compreende sobre a verdade e o próprio bem.

Deus é o médico de nossos males

Querida irmã, desejo que vosso entendimento se abra, extirpando toda raiz de egoísmo e de delicadezas egocêntricas. Se fizerdes assim, entendereis essa verdade, comprendereis que Deus é o supremo médico de nossos males. Com paciência calma, santa e reta aceitareis o medicamento que Deus vos mandou num ato especial de amor pela vossa pessoa. Bondosa irmã! convido-vos a tal atitude. Não deixeis de aproveitar o fruto de vossas fadigas, pela impaciência. Permanecei calma e tranquila, aceitando a vontade divina. Não vos pertubeis, a não ser por causa das ofensas cometidas contra Deus e pela condenação das almas. Desse modo, mostrareis que estais iluminada por Deus e no último dia recebereis a paga de vossos sofrimentos.

Conclusão

Senti compaixão pelo que vos aconteceu. Mas se vos vir conformada com a vontade divina, alegrar-me-ei convosco. Nada mais acrescento. Permanecei no santo e doce amor de Deus. Jesus doce, Jesus amor.


Fonte: Servo dos Servos de Deus
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