segunda-feira, 13 de maio de 2013
Comentário ao Evangelho do dia (11/05) feito por São Cipriano
(c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, §§ 26-28
«Se pedirdes alguma coisa ao Pai em Meu nome, Ele vo-la dará»
«Não nos deixeis cair em tentação» (Mt 6,13) [...]. Quando pedimos para não cair em tentação, lembramo-nos da nossa fragilidade, para que ninguém se olhe a si mesmo com complacência, para que ninguém se eleve com insolência, se glorifique a si mesmo pela sua fidelidade ou pela sua provação, quando o próprio Senhor nos ensina a humildade, quando nos diz: «Vigiai e orai, para não cederdes à tentação. O espírito está cheio de ardor, mas a carne é débil» (Mc 14,38). Se primeiro fizermos profissão de humildade, daremos a Deus tudo o que pedirmos com temor e reverência, e podemos estar certos de que a Sua bondade no-lo concederá.
Esta oração termina com uma conclusão que reúne, numa forma breve, todos os pedidos. Dizemos no final: «Mas livrai-nos do mal.» Compreendemos, neste passo, que o inimigo pode maquinar contra nós neste mundo, mas estamos certos de ter um amparo poderoso se Deus no-lo conceder, se Ele vier em socorro daqueles que Lhe imploram. Portanto, quando dizemos: «Livrai-nos do mal», nada mais temos a pedir. [...] Ficamos fortalecidos contra todas as maquinações do demónio e do mundo. Quem poderá temer o mundo, se Deus for o nosso protector neste mundo?
Porque estranharmos que Deus nos tenha ensinado a orar desta maneira, ensinando-nos numa tão breve fórmula tudo o que devemos pedir para nossa salvação? [...] Quando o Verbo de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, veio para todos os homens, reuniu os doutos e os ignorantes, e forneceu os preceitos de salvação para todos, seja qual for o sexo ou a idade. Fez uma resenha concisa dos Seus preceitos [...]. Assim, quando quis ensinar em que consiste a vida eterna, sintetizou todo o mistério da vida numa fórmula de concisão maravilhosa: «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem Tu enviaste» (Jo 17,3).
Créditos: Evangelho Quotidiano
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