● De calar não te arrependerás nunca; de falar, muitas vezes.
● Como te atreves a recomendar que guardem segredo..., se essa advertência é sinal de que tu não o soubeste guardar.
● Discrição não é mistério nem segredo. É simplesmente, naturalidade.
● Discrição é... delicadeza. – Não sentes certa inquietação, um mal-estar íntimo, quando os assuntos – nobres e correntes – da tua família saem do calor do lar a indiferença ou para a curiosidade da praça pública?
● Não exibas facilmente a intimidade do teu apostolado. Não vês que o mundo está cheio de incompreensões egoístas?
● Cala-te. Não esqueças que o teu ideal é como uma luzinha recém-acesa. – Pode bastar um sopro para apagá-la em teu coração.
● Como é fecundo o silêncio! – Todas as energias que perdes, com as tuas faltas de discrição, são energias que subtrais à eficácia do teu trabalho.
- Sê discreto.
● Se fosses mais discreto, não te lamentarias interiormente desse mau sabor na boca que te faz sofrer depois de muitas das tuas conversas.
● Não pretendas que te “compreendam”. – Essa incompreensão é providencial: para que o teu sacrifício passe desapercebido.
● Se te calares, conseguirás mais eficácia em teus empreendimentos apostólicos – a quantos não lhes foge “a força” pela boca! – evitarás muitos perigos de vanglória.
● Sempre o espetáculo! – Vens pedir-me fotografias, gráficos, estatísticas.
-- Não te envio esse material, porque (parece-me muito respeitável a opinião contrária) depois havia de pensar que o trabalho para me empoleirar na terra..., e onde eu quero empoleirar-me é no Céu.
● Há muita gente – santa – que não entende o teu caminho. – Não te empenhes em fazer que o compreendam; perderás o tempo e darás lugar a indiscrições.
● “Não se pode ser raiz e copa, se não se é seiva, espírito, coisa que vai por dentro”.
-- Aquele teu amigo que escreveu estas palavras sabia que eras nobremente ambicioso. – E te ensinou o caminho: a discrição, o sacrifício, ir por dentro!
● Discrição, virtude de poucos. – Quem caluniou a mulher dizendo que a discrição não é virtude de mulheres?
-- Quantos homens bem barbados têm que aprender!
● Que exemplo de discrição nos dá a Mãe de Deus! Nem a São José comunica o mistério.
-- Pede à Senhora a discrição que te falta.
● O despeito afiou a tualíngua. Cala-te!
● Nunca te encarecerei suficientemente a importância da discrição.
-- Se não é o gume da tua arma de combate, dir-te-ei que é a empunhadura.
● Cala-te sempre que sintas dentro de ti o referver da indignação. – Ainda que estejas justissimamente irado.
-- Porque, apesar da tua discrição, nesses instantes dizesmais do que quererias dizer.
São Josemaria Escrivá - “Caminho”, pontos nº 639 a 656, Ed.Quadrante, São Paulo, SP.
P.S.: Acesse aos links marcados em alguns pontos, eles redirecionam para artigos sobre estes assuntos.
Fonte: Blog Mater Dei
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