MEDITAÇÃO XI.
SOBRE A POBREZA DE JESUS MENINO.
Céu!! quem não se compadeceria ao ver o filho dum rei nascer em pobreza tal que o obrigasse a abrigar-se numa caverna úmida e fria, a não ter nem leite, nem servos, nem lume, nem mesmo os paninhos necessários para se acalentar?
Ah! meu Jesus, sois o Filho do Senhor do céu e da terra, e nessa gruta gelada não tendes senão uma manjedoura por berço, um pouco de palha por leito, e miseráveis paninhos para vos cobris! Os anjos vos rodeiam e louvam, mas não trazem nenhum alívio à vossa pobreza. Meu Redentor, quanto mais pobre sois, tanto mais amável vos devemos achar pois abraçastes essa grande pobreza para melhor ganhar o nosso amor. Se tivésseis nascido num palácio, se tivésseis um berço de ouro, se fosseis servido pelos maiores príncipes da terra, inspira-ríeis aos homens mais respeito, mas menos amor; essa gruta em que estais, esses panos grosseiros que vos cobrem, essa palha em que repousais, essa manjedoura que vos serve de berço, oh! como tudo isso obriga nossos corações a amar-vos, tanto mais que vos fizestes tão pobre a fim de vos tornar mais caro aos nossos olhos. “Quanto mais ele se abaixa por mim, exclama S. Bernardo, tanto mais caro me é”. Fizestes-vos pobre para enriquecer-nos dos vossos bens, isto é, da vossa graça e da vossa glória; é S. Paulo que o diz: Ele se fez indigente... a fim de que sua indigência nos enriquecesse.
A pobreza de Jesus Cristo é para nós uma fonte de grandes riquezas, porque nos move a adquirirmos os bens do céu desprezando os da terra. — Ó meu Jesus, a quantos santos a vossa pobreza fez deixar tudo, riquezas, honras, mesmo coro-as, para viverem pobres convosco. Por favor, ó meu Salvador, desapegai-me também de toda afeição aos bens terrenos, a fim que me torne digno de obter o vosso santo amor e de possuir a vós, Bem infinito!
Afetos e Súplicas.
Ó divino Infante, pena que não posso dizer-vos com vosso caro S. Francisco: “Meu Deus, sois tudo para mim!” ou com Davi: Que há para mim no céu? e fora de vós, que posso desejar sobre a terra? Sois o Deus do meu coração, e a minha única herança para a eternidade. Oxalá pudesse, também eu, não desejar no futuro outra riqueza senão a do vosso amor; de maneira que as vaidades do mundo não tivessem mais domínio sobre o meu coração, e só vós fosseis o seu único Senhor, ó meu Bem-amado! Sim, quero começar hoje a dizer-vos: Sois o Deus do meu coração e a minha herança para a eternidade!
Ah! no passado procurei os bens terrestres, e que encontrei? espinhos e fel! Hoje sinto mais contentamento em me achar aos vossos pés, para vos agradecer e amar, do que proporcionaram todos os meus pecados. Uma só coisa me aflige: o te-mor de que me não tenhais ainda perdoado. Mas as vossas promessas de perdoar a quem se arrepende, a pobreza a que vos vejo reduzido por meu amor, a vossa voz que me convida a amar-vos, as lágrimas, o sangue que derramastes por mim, as dores, as ignomínias, a morte cruel que sofrestes para a minha salvação, tudo isso me consola e me faz esperar com segurança o meu perdão. E se ainda me não perdoastes, dizei-me o que tenho a fazer. Quereis me arrependa de minhas iniqüidades, oh! arrependo-me de todo o coração de vos haver ofendido, meu Jesus! Quereis que vos ame? amo-vos mais do que a mim mesmo. Quereis que renuncie e tudo? oh! sim, renuncio a tudo e dou-me todo a vós. Sei que me aceitais; sem isso, não teria nem arrependimento, nem amor, nem desejo de dar-me a vós. Dou-me pois a vós, ó meu Deus, e vós me recebeis; amo-vos e vós me amais. Não permitais que esse nosso mútuo a-mor cesse jamais de nos unir.
Minha Mãe, Maria, obtende-me a graça de amar sempre a Jesus e de ser sempre amado por Jesus.
SOBRE A POBREZA DE JESUS MENINO.
Céu!! quem não se compadeceria ao ver o filho dum rei nascer em pobreza tal que o obrigasse a abrigar-se numa caverna úmida e fria, a não ter nem leite, nem servos, nem lume, nem mesmo os paninhos necessários para se acalentar?
Ah! meu Jesus, sois o Filho do Senhor do céu e da terra, e nessa gruta gelada não tendes senão uma manjedoura por berço, um pouco de palha por leito, e miseráveis paninhos para vos cobris! Os anjos vos rodeiam e louvam, mas não trazem nenhum alívio à vossa pobreza. Meu Redentor, quanto mais pobre sois, tanto mais amável vos devemos achar pois abraçastes essa grande pobreza para melhor ganhar o nosso amor. Se tivésseis nascido num palácio, se tivésseis um berço de ouro, se fosseis servido pelos maiores príncipes da terra, inspira-ríeis aos homens mais respeito, mas menos amor; essa gruta em que estais, esses panos grosseiros que vos cobrem, essa palha em que repousais, essa manjedoura que vos serve de berço, oh! como tudo isso obriga nossos corações a amar-vos, tanto mais que vos fizestes tão pobre a fim de vos tornar mais caro aos nossos olhos. “Quanto mais ele se abaixa por mim, exclama S. Bernardo, tanto mais caro me é”. Fizestes-vos pobre para enriquecer-nos dos vossos bens, isto é, da vossa graça e da vossa glória; é S. Paulo que o diz: Ele se fez indigente... a fim de que sua indigência nos enriquecesse.
A pobreza de Jesus Cristo é para nós uma fonte de grandes riquezas, porque nos move a adquirirmos os bens do céu desprezando os da terra. — Ó meu Jesus, a quantos santos a vossa pobreza fez deixar tudo, riquezas, honras, mesmo coro-as, para viverem pobres convosco. Por favor, ó meu Salvador, desapegai-me também de toda afeição aos bens terrenos, a fim que me torne digno de obter o vosso santo amor e de possuir a vós, Bem infinito!
Afetos e Súplicas.
Ó divino Infante, pena que não posso dizer-vos com vosso caro S. Francisco: “Meu Deus, sois tudo para mim!” ou com Davi: Que há para mim no céu? e fora de vós, que posso desejar sobre a terra? Sois o Deus do meu coração, e a minha única herança para a eternidade. Oxalá pudesse, também eu, não desejar no futuro outra riqueza senão a do vosso amor; de maneira que as vaidades do mundo não tivessem mais domínio sobre o meu coração, e só vós fosseis o seu único Senhor, ó meu Bem-amado! Sim, quero começar hoje a dizer-vos: Sois o Deus do meu coração e a minha herança para a eternidade!
Ah! no passado procurei os bens terrestres, e que encontrei? espinhos e fel! Hoje sinto mais contentamento em me achar aos vossos pés, para vos agradecer e amar, do que proporcionaram todos os meus pecados. Uma só coisa me aflige: o te-mor de que me não tenhais ainda perdoado. Mas as vossas promessas de perdoar a quem se arrepende, a pobreza a que vos vejo reduzido por meu amor, a vossa voz que me convida a amar-vos, as lágrimas, o sangue que derramastes por mim, as dores, as ignomínias, a morte cruel que sofrestes para a minha salvação, tudo isso me consola e me faz esperar com segurança o meu perdão. E se ainda me não perdoastes, dizei-me o que tenho a fazer. Quereis me arrependa de minhas iniqüidades, oh! arrependo-me de todo o coração de vos haver ofendido, meu Jesus! Quereis que vos ame? amo-vos mais do que a mim mesmo. Quereis que renuncie e tudo? oh! sim, renuncio a tudo e dou-me todo a vós. Sei que me aceitais; sem isso, não teria nem arrependimento, nem amor, nem desejo de dar-me a vós. Dou-me pois a vós, ó meu Deus, e vós me recebeis; amo-vos e vós me amais. Não permitais que esse nosso mútuo a-mor cesse jamais de nos unir.
Minha Mãe, Maria, obtende-me a graça de amar sempre a Jesus e de ser sempre amado por Jesus.
Fonte: Blog São Pio V
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