domingo, 10 de fevereiro de 2013

Comentário ao Evangelho do dia (10/02) feito por Catecismo da Igreja Católica

§§ 311-312

«Afasta-Te de mim, Senhor, porque sou
um homem pecador.»

Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte, desviar-se. De facto, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, incomensuravelmente mais grave que o mal físico. Deus não é, de modo algum, nem directa nem indirectamente, causa do mal moral (151). No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o bem:

«Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para do próprio mal, fazer surgir o bem» (152). 312. Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua omni­potente Providência, pode tirar um bem das consequências dum mal (mesmo moral), causado pelas criaturas: «Não, não fostes vós - diz José a seus irmãos - que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo» (Gn, 45, 8; 50, 20) (153). Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (154), tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção. Mas nem por isso o mal se transforma em bem.

Créditos: Evangelho Quotidiano

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