sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Comentário ao Evangelho do dia (01/02) feito por Santa Faustina Kowalska



(1905-1938), religiosa
Diário (Fátima, 2003), 1322

«Porque sois tão medrosos?»

Vagueia, da minha vida, a barca,
Entre as sombras da noite e a escuridão
E de terra não vejo marca,
Encontro-me num mar de imensidão.

A menor procela me pode afundar,
Mergulhando meu barco no turbilhão;
Se, ó Deus, por mim não estivésseis a velar,
A cada instante da vida, a cada ocasião.

Entre o estrondo das ondas, ululante
Navego tranquila e como quem confia,
E olho, infantil, para o mais distante,
Porque Vós, ó Jesus, sois o meu Guia.

À minha volta o terror do mar e o pavor
Mais que horror da minh’alma, a serenidade.
Porque quem convosco está não perecerá, Senhor,
Disso me assegura a divina caridade.

Cercam-me perigos, muitos em voragem,
Mas não temo, olho para o céu estrelado
E navego com alegria e coragem,
Como convém a um coração purificado.

Se a barca da minha vida vai em serenidade,
É, acima de tudo, por uma razão:
Por serdes Vós, ó Deus, o meu guardião.
Eis meu testemunho de inteira humildade. 
Fonte: Evangelho Quotidiano

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