(1920-2005), papa
Encíclica «Dives in Misericordia» § 3 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
Encíclica «Dives in Misericordia» § 3 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
Numerosas são as passagens do ensinamento de Cristo que manifestam o amor e a misericórdia sob um aspecto sempre novo. Basta ter diante dos olhos o bom pastor que vai em busca da ovelha tresmalhada (Mt 18,12ss; Lc 15,3ss), ou a mulher que varre a casa à procura da dracma perdida (Lc 15,8ss). O evangelista que trata de modo particular estes temas do ensino de Cristo é São Lucas, cujo Evangelho mereceu ser chamado «o Evangelho da misericórdia». […]
Cristo, ao revelar o amor-misericórdia de Deus, exigia ao mesmo tempo dos homens que se deixassem guiar na própria vida pelo amor e pela misericórdia. Esta exigência faz parte da própria essência da mensagem messiânica e constitui a medula do «ethos» evangélico. O Mestre exprime isto mesmo, quer por meio do mandamento por Ele definido como «o primeiro e o maior» (Mt 22,38), quer sob a forma de bênção, ao proclamar no Sermão da Montanha: «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7).
Deste modo, a mensagem messiânica sobre a misericórdia conserva sempre particular dimensão divino-humana. Cristo – cumprimento das profecias messiânicas –, ao tornar-Se encarnação do amor que se manifesta com particular intensidade em relação aos que sofrem, aos infelizes e aos pecadores, torna presente e, desse modo, revela mais plenamente o Pai, que é Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4). Ao mesmo tempo, tornando-Se para os homens modelo do amor misericordioso para com os outros, Cristo proclama com obras, mais ainda do que com palavras, o apelo à misericórdia, que é uma das componentes essenciais do «ethos» do Evangelho. Não se trata somente de cumprir um mandamento ou um postulado de natureza ética, mas também de satisfazer uma condição de capital importância para que Deus possa revelar-Se na sua misericórdia para com o homem: «os misericordiosos […] alcançarão misericórdia».
Cristo, ao revelar o amor-misericórdia de Deus, exigia ao mesmo tempo dos homens que se deixassem guiar na própria vida pelo amor e pela misericórdia. Esta exigência faz parte da própria essência da mensagem messiânica e constitui a medula do «ethos» evangélico. O Mestre exprime isto mesmo, quer por meio do mandamento por Ele definido como «o primeiro e o maior» (Mt 22,38), quer sob a forma de bênção, ao proclamar no Sermão da Montanha: «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7).
Deste modo, a mensagem messiânica sobre a misericórdia conserva sempre particular dimensão divino-humana. Cristo – cumprimento das profecias messiânicas –, ao tornar-Se encarnação do amor que se manifesta com particular intensidade em relação aos que sofrem, aos infelizes e aos pecadores, torna presente e, desse modo, revela mais plenamente o Pai, que é Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4). Ao mesmo tempo, tornando-Se para os homens modelo do amor misericordioso para com os outros, Cristo proclama com obras, mais ainda do que com palavras, o apelo à misericórdia, que é uma das componentes essenciais do «ethos» do Evangelho. Não se trata somente de cumprir um mandamento ou um postulado de natureza ética, mas também de satisfazer uma condição de capital importância para que Deus possa revelar-Se na sua misericórdia para com o homem: «os misericordiosos […] alcançarão misericórdia».
Créditos: Evangelho Quotidiano
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