domingo, 10 de março de 2013

Comentário ao Evangelho do dia (10/03) feito por São João Maria Vianney



Presbítero, Cura de Ars
1º sermão sobre a misericórdia de Deus para o 3º domingo de Pentecostes

«Ele estava perdido e foi encontrado»

«Fiz muito mal em abandonar o meu pai que me amava tanto; dissipei todos os meus bens levando uma vida má; estou todo roto e todo sujo, como é que meu pai me poderá reconhecer como seu filho? Mas lançar-me-ei a seus pés, regá-los-ei com as minhas lágrimas; pedir-lhe-ei apenas para me contar entre os seus servos.» [...] Seu pai, que há muito chorava a sua perda, vendo-o vir ao longe, esqueceu a avançada idade que tinha e a má vida do filho e atirou-se-lhe ao pescoço para o beijar. O pobre filho, completamente espantado com o amor que o pai tinha por ele, exclamou: «Já não mereço ser chamado teu filho, coloca-me apenas entre os teus servos.» «Não, não, meu filho», exclama o pai, «está tudo esquecido, pensemos apenas em nos alegrar. Tragam a melhor túnica para lhe vestir; tragam o vitelo gordo e matem-no e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.»


Bela imagem, meus irmãos, da grandeza da misericórdia de Deus pelos pecadores e pelos mais miseráveis! [...] Ó meu Deus, como é terrível o pecado! Como é possível que o cometamos? Mas, por muito miseráveis que sejamos, desde que tomemos a resolução de nos convertermos, [...] as Suas entranhas de misericórdia são tocadas pela compaixão. Esse terno Salvador corre com a Sua graça ao encontro dos pecadores, abraça-os, favorecendo-os com as consolações mais deliciosas. [...] Que momento maravilhoso! Como seríamos felizes se tivéssemos a felicidade de o compreender! Mas, infelizmente, não correspondemos à graça e por isso tais momentos felizes desaparecem. Jesus Cristo diz ao pecador, pela boca dos Seus ministros: «Que este cristão que se converteu seja revestido com a sua primeira túnica, que é a graça do baptismo que perdeu; revistam-no de Jesus Cristo, da Sua justiça, das Suas virtudes e de todos os Seus méritos» (cf Ga 3,27). Eis, portanto, meus irmãos, a forma como nos trata Jesus Cristo quando temos a felicidade de abandonar o pecado para a Ele nos entregarmos. Que base de confiança para um pecador saber que, embora culpado, a misericórdia de Deus é infinita!

Créditos: Evangelho Quotidiano

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