«Quem receber um destes meninos em Meu
nome é a Mim que recebe»
nome é a Mim que recebe»
Todos nós, cristãos, somos o corpo de
Cristo e Seus membros, afirma o apóstolo Paulo (1Co 12,27). Aquando da
ressurreição de Cristo, todos os Seus membros ressuscitaram com Ele;
passando dos infernos para a Terra, Ele fez-nos passar da morte para a
vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora,
este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado
para a justiça, do vício para a virtude, da velhice para a infância.
Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois
também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem a decrepitude do
pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos
renascer na inocência das crianças. A simplicidade cristã torna sua a
infância.
A criança não sente rancor, não
conhece a fraude, não ousa bater. Assim sendo, esta criança que é o
cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada,
não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze
pelos seus inimigos, que entregue a túnica e o casaco aos ladrões e que
ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (Mt 5,39ss).
A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. [...] Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ela é ainda digna de mais elogios: o seu ódio ao mal emana da vontade e não da impotência.
Fonte: Evangelho Quotidiano
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