(1641-1682), jesuíta
Retiro de 1674, quarta semana (Escritos espirituais)
«Caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-Lhe»
Na meditação do amor de Deus, fiquei emocionado à vista dos bens que recebi de Deus desde o primeiro momento da minha vida até hoje. Que bondade! Que cuidado! Que providência para o corpo e para a alma! Que paciência! Que bondade! […] Deus fez-me penetrar, parece-me, e ver claramente esta verdade: em primeiro lugar, que está em todas as criaturas; em segundo, que é tudo o que há de bom nelas; e em terceiro, que nos faz todo o bem que recebemos delas. E pareceu-me ver este rei de glória e de majestade aplicado a aquecer-nos na roupa que vestimos, a refrescar-nos no ar que respiramos, a alimentar-nos na carne que comemos, a alegrar-nos nos sons e nos objectos agradáveis, a produzir em mim todos os movimentos necessários para viver e agir. Que maravilha!
Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e amor! Sucede o mesmo com todas as outras criaturas; mas tudo isto por mim, qual intendente zelador e vigilante que manda trabalhar em todos os locais do reino para seu rei. O que é mais admirável é o facto de Deus fazer isto por todos os homens, embora quase ninguém pense nisso, a não ser uma ou outra alma escolhida, uma ou outra alma santa. É preciso que pelo menos eu pense nisso, que fique reconhecido.
Imagino que, como Deus tem a sua glória como fim supremo de todas as suas acções, faz todas estas coisas principalmente pelo amor daqueles que pensam nisso e que admiram a sua bondade, que Lhe estão gratos, que aproveitam a ocasião para O amar; os outros recebem os mesmos bens como que por acaso e por sorte.[…] Deus traz-nos incessantemente o ser, a vida, as acções de tudo o que criou no universo. É essa a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser a de receber sem cessar aquilo que Ele nos envia de todos os lados, e de Lho remeter por acções de graças, louvando-O e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus fazê-lo, na medida das minhas possibilidades.
Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e amor! Sucede o mesmo com todas as outras criaturas; mas tudo isto por mim, qual intendente zelador e vigilante que manda trabalhar em todos os locais do reino para seu rei. O que é mais admirável é o facto de Deus fazer isto por todos os homens, embora quase ninguém pense nisso, a não ser uma ou outra alma escolhida, uma ou outra alma santa. É preciso que pelo menos eu pense nisso, que fique reconhecido.
Imagino que, como Deus tem a sua glória como fim supremo de todas as suas acções, faz todas estas coisas principalmente pelo amor daqueles que pensam nisso e que admiram a sua bondade, que Lhe estão gratos, que aproveitam a ocasião para O amar; os outros recebem os mesmos bens como que por acaso e por sorte.[…] Deus traz-nos incessantemente o ser, a vida, as acções de tudo o que criou no universo. É essa a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser a de receber sem cessar aquilo que Ele nos envia de todos os lados, e de Lho remeter por acções de graças, louvando-O e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus fazê-lo, na medida das minhas possibilidades.
Créditos: Evangelho Quotidiano
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