(1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não há amor maior»
«O homem que tinha sido possesso pediu-Lhe que o deixasse ir com Ele. Jesus [...] disse-lhe: "Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez"»
Somos chamados a amar o mundo. E Deus amou de tal forma o mundo que lhe deu Jesus (Jo 3,16). Hoje, Ele ama de tal forma o mundo que nos dá ao mundo, a ti e a mim, para que sejamos o seu amor, a sua compaixão e a sua presença através de uma vida de oração, de sacrifícios e de entrega. A resposta que Deus espera de ti é que te tornes contemplativo, que sejas contemplativo.
Tomemos a palavra de Jesus a sério e sejamos contemplativos no coração do mundo porque, se temos fé, estamos perpetuamente na sua presença. Pela contemplação, a alma bebe diretamente do coração de Deus as graças que a vida ativa está encarregada de distribuir. A nossa vida deve estar unida a Cristo vivo que está em nós. Se não vivermos na presença de Deus, não conseguiremos perseverar.
O que é a contemplação? É viver a vida de Jesus. É assim que a compreendo. Amar Jesus, viver a sua vida no âmago da nossa e viver a nossa no seio da sua. [...] A contemplação não ocorre por nos fecharmos num quarto às escuras, mas por permitirmos a Jesus que viva a sua Paixão, o seu amor, a sua humildade em nós, que reze connosco, que esteja connosco e que santifique através de nós. A nossa vida e a nossa contemplação são unas. Não é uma questão de fazer, mas de ser. De facto, trata-se da plena fruição do nosso espírito pelo Espírito Santo, que derrama em nós a plenitude de Deus e nos envia a toda a Criação como sua mensagem pessoal de amor (Mc 16,15).
Fonte: Evangelho Quotidiano
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