Ele está ali para nos consolar; logo, devemos visitá-lo com frequência. Quão agradável a ele são meros quinze minutos que alguém tira de suas ocupações, de coisas inúteis, para vir e rezar, para o visitar, para o consolar de todos os ultrajes que ele recebe! (…)
Que alegria não sentimos na presença de Deus, quando nos encontramos a sós a seus pés, diante do santo tabernáculo? (…) Ah! Se tivéssemos olhos de anjos com os quais víssemos nosso Senhor Jesus Cristo, que está presente neste altar, e que está a nos olhar, como o amaríamos! Nunca mais quereríamos nos separar dele. Quereríamos permanecer para sempre a seus pés; seria uma antecipação do Céu: todo o resto ficaria sem gosto para nós. (…) Somos pobres cegos; temos um nevoeiro diante de nossos olhos. Somente a fé pode dissipar este nevoeiro. (…)
Nosso Senhor está lá como uma Vítima; e uma oração que é muito agradável a Deus é pedir à Virgem Santíssima que ofereça ao Eterno Pai seu Divino Filho, todo ensanguentado, espezinhado, pela conversão dos pecadores; é a melhor oração que podemos fazer, visto que, de fato, todas as orações são feitas em nome e através dos méritos de Jesus Cristo. Devemos também agradecer a Deus por todas as indulgências que nos purificam… mas não damos atenção a elas. (…)
Quando estamos diante do Santíssimo Sacramento, ao invés de procurarmos algo, fechemos os olhos e a boca; abramos o coração: nosso bom Deus abrirá o dele; iremos a ele, ele virá a nós, um para pedir, o outro para receber; será como a respiração de um para o outro. Que doçura não encontramos esquecendo de nós mesmos a fim de procurar a Deus? Os santos se perdiam a si mesmos para não verem nada além de Deus, e trabalharem por ele somente; eles esqueceram todas as coisas criadas a fim de encontrar a ele somente. Este é o caminho para se alcançar o Céu.
Extraído de de The Blessed Curé of Ars in his catechetical instructions, Chapter 11 – Catechism on the Real Presence.
Fonte: ARS/ Site da Administração Apostólica São João Maria Vianney
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