domingo, 15 de dezembro de 2013

Comentário do Evangelho do dia (03/12) feito pelo Papa Francisco



Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §15 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev)

«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes»

A plenitude da fé cristã: «Abraão (...) exultou pensando em ver o meu dia; viu-o e ficou feliz» (Jo 8,56). De acordo com estas palavras de Jesus, a fé de Abraão estava orientada para Ele, era de certo modo uma visão antecipada do seu mistério. Assim o entende Santo Agostinho, quando afirma que os Patriarcas se salvaram pela fé; não era a fé em Cristo já chegado, mas a fé em Cristo que havia de vir, uma fé que tendia para o evento futuro de Jesus.

A fé cristã está centrada em Cristo; é confissão de que Jesus é o Senhor e que Deus O ressuscitou de entre os mortos (Rom 10,9). Todas as linhas do Antigo Testamento se concentram em Cristo: Ele torna-Se o «sim» definitivo a todas as promessas, fundamento último do nosso «Amen» a Deus (2Cor 1,20). A história de Jesus é a manifestação plena da fiabilidade de Deus. Se Israel recordava os grandes actos de amor de Deus, que formavam o centro da sua confissão e abriam o horizonte da sua fé, agora a vida de Jesus aparece como o lugar da intervenção definitiva de Deus, a suprema manifestação do seu amor por nós.

A palavra que Deus nos dirige em Jesus já não é uma entre muitas outras, mas a sua Palavra eterna (Heb 1,1-2). Não há nenhuma garantia maior que Deus possa dar para nos certificar do seu amor, como nos lembra São Paulo (Rom 8,31-39). Portanto, a fé cristã é fé no Amor pleno, no seu poder eficaz, na sua capacidade de transformar o mundo e iluminar o tempo. «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1Jo 4,16). A fé identifica, no amor de Deus manifestado em Jesus, o fundamento sobre o qual assenta a realidade e o seu destino último. 
 
 
Créditos: Evangelho Quotidiano

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