sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Comentário ao Evangelho do dia (02/11) feito por Santo Ambrósio

Bispo de Milão, doutor da Igreja
Sobre a morte de seu irmão, I, 70-71
 
«Porque choras?» (Jo 20,13)

Chorem, os que não podem ter a esperança da ressurreição; não é a vontade de Deus que lhes tira essa esperança, mas a dureza daquilo em que acreditam. Tem de haver uma diferença entre os servos de Cristo e os pagãos. Eis o que é essa diferença: estes choram os seus pensando-os mortos para sempre; não podem assim pôr fim às suas lágrimas, não encontram descanso para a tristeza: [...] enquanto para nós, servos de Deus, a morte não é o fim da existência mas o fim da nossa vida. Dado que a nossa existência é restaurada por uma condição melhor, que a chegada da morte nos varra portanto todos os choros. [...]


Quão maior será a nossa consolação, por acreditarmos que as boas acções que fizermos prometem melhores recompensas depois da morte. Os pagãos têm a sua consolação: para eles a morte é um repouso para todos os males. Como pensam que os seus mortos estão privados de fruir a vida, pensam também que ficam privados de toda a faculdade de sentir e libertos da dor das duras e contínuas tribulações que se sofre nesta vida. Mas nós, assim como devemos ter um espírito mais elevado por causa da recompensa esperada, devemos também suportar melhor a dor graças a essa consolação. [...] Os nossos mortos não foram enviados para longe de nós, mas apenas antes de nós – eles a quem a morte não tragará, mas a quem a eternidade receberá. 

Créditos: Evangelho Quotidiano

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