terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dia 25 - Obediente até à Morte - Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora



Por Santo Afonso Maria de Ligório

São Paulo louva a obediência de Jesus, dizendo que ELe obedeceu a Seu eterno Pai até à morte. "Ele se fez obediente até à morte" (Fl2.8), Mas, neste Sacramento, vai mais longe: quis ser obediente não só ao Pai Eterno, mas ainda ao próprio homem, e isto não só até à morte, mas até ao fim do mundo. Ele, o Rei do Céu, desce sobre o altar à voz do homem, e parece aí ficar exclusivamente para obedecer aos homems: "Quanto a mim, diz ELe, não resisto" (Is 50.5).

Ali está sem movimento próprio; deixa-se ficar onde O colocam, seja exposto na custódia, seja encerrado no tabernáculo; deixa-se levar para onde O levam, às casas ou pelas ruas; deixa-se dar na comunhão a todos que O querem receber, ao justo como ao pecador. Enquanto vivia aqui na terra, diz São Lucas, Jesus obedecia a Maria Santíssima e a São José; mas, neste Sacramento, obedece a tantas criaturas, quantos sacerdotes há no mundo: "Quanto a mim não resisto".

Permiti que Vos fale, neste momento, Coração amado do Meu Jesus, donde saíram todos os sacramentos e, em particular, este sacramento de amor. Eu quisera tributar-Vos tanta glória e honra quanta Vós tributais, em nossas Igrejas, a Vosso Eterno Pai. Sei que, neste altar, me continuais a amar com o mesmo ardor com que na cruz destes a vida por mim, no meio de horríveis tormentos. Iluminai, Coração Divino, para que Vos conheçam e aqueles que Vos não conhecem. Pelos Vossos merecimentos livrai do Purgatório ou ao menos aliviai as almas que lá padecem e são Vossas esposas eternas. Adoro-Vos, agradeço-Vos e amo-Vos com todas as almas que neste momento Vos amam na terra e no céu. Coração puríssimo, purificai o meu coração de todo o apego às criaturas e enchei-o de Vosso amor. Coração cheio de ternura, apossai-Vos de tal modo de meu coração, que ele seja todo Vosso e de agora em diante eu possa dizer: "Nada é capaz de separar-me do amor de Deus que é em Jesus Cristo" (Rm 8.35).

Coração Divino, gravai em meu coração as penas tão amargas que por mim sofrestes durante os anos de Vossa vida mortal, a fim de que chegue a desejar ou ao menos a suportar pacientemente, por amor de Vós, todas as penas desta vida. Coração cheio de mansidão, comunicai-me a Vossa doçura. Tirai do meu coração tudo o que Vos não agrada; convertei-o inteiramente a Vós, para que não queira nem deseje senão o que Vós mesmo desejais. Fazei, numa palavra, que viva só para Vos amar e agradar. Reconheço que muito Vos devo e sou obrigado; pouco seria se me sacrificasse e consumisse todo por Vós.

- Coração de Jesus, Vós sois o único Senhor do meu coração.

 ARCA DA SALVAÇÃO

São Bernardo diz que Maria é a arca celeste que nos salvará certamente do naufrágio da condenação eterna, se nela nos refugiarmos a tempo. A arca, que salvou Noé do naufrágio universal, era uma figura de Maria; mas, diz Hesíquio, Maria é uma arca mais vasta, mais poderosa, mais benéfica. A arca de Noé não recebeu e não salvou senão a um pequeno número de homens, e de animar, mas a nossa LIbertadora recebe todos os que buscam abrigo sob o Seu Manto e a todos salvará seguramente. Como seríamos infelizes se não tivéssemos Maria! E contudo, quantos ainda se perdem, minha Rainha! E por quê? Porque não recorrem a Vós. Quem jamais se perderia se a Vós recorresse?

- Fazei, ó Maria, que todos a Vós recorramos sempre.

Fonte: Livro Visitas a Jesus Sacramento e a Nossa Senhora, de Santo Afonso Maria de Ligório

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