terça-feira, 16 de abril de 2013

Comentário ao Evangelho do dia (16/04) feito por Beato Jan van Ruysbroeck



(1293-1381), cónego regular


                                                «Dá-nos sempre desse pão»


O primeiro sinal do amor foi Jesus ter-nos dado a Sua carne a comer e o Seu sangue a beber: eis uma coisa inaudita que exige de nós admiração e estupefacção.
O que é próprio do amor é dar sempre e sempre receber. Ora o amor de Jesus é, ao mesmo tempo, pródigo e ávido: dá tudo o que tem e o que é; e recebe tudo o que nós temos, tudo o que somos.


Ele tem uma fome imensa. [...] Quanto mais o nosso amor O deixa agir, mais O desfrutamos amplamente. Ele tem uma fome imensa, insaciável. Ele bem sabe que somos pobres, mas não tem isso em conta. Faz-Se a Si mesmo pão em nós, fazendo desaparecer no Seu amor, antes de mais, as nossas más inclinações, as nossas faltas e os nossos pecados. Depois, quando nos vê puros, chega ávido de tomar a nossa vida e de a transformar na Sua, a nossa cheia de pecados, a Sua cheia de graça e de glória, totalmente preparada para nós, bastando para isso que renunciemos a nós próprios (cf Mt 16,24). [...] Todos os que amam compreender-me-ão. Ele faz-nos o dom duma fome e duma sede eternas.


A essa fome e essa sede Ele dá a comer o Seu corpo e o Seu sangue. Quando O recebemos com dedicação interior, o Seu sangue, pleno de calor e de glória, jorra de Deus para as nossas veias. O fogo pega dentro de nós e o gosto espiritual penetra-nos a alma e o corpo, o gosto e o desejo. Ele permite-nos assemelharmo-nos às Suas virtudes; vive em nós e nós Nele.


Créditos: Evangelho Quotidiano

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