segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Comentário do Evangelho do dia (14/12) feito por Santo Agostinho



(354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos dobre os salmos, Sl 109

«Porque todos os Profetas e a Lei anunciaram isto até João» (Mt 11,13)

Deus fixou um tempo para as suas promessas e um tempo para realizar aquilo que tinha prometido. O tempo das promessas foi o tempo dos profetas, até João Baptista; a partir dele e até ao fim, é o tempo de concretizar o que tinha sido prometido. Deus é fiel: Ele fez-Se nosso devedor, não para receber de nós fosse o que fosse, mas por nos ter prometido grandes coisas. E prometer foi pouco: quis comprometer-Se por escrito, fazendo connosco um contrato através das suas promessas; assim, quando começar a cumprir as suas promessas, poderemos ponderar na Escritura a ordem pela qual se deve realizar o que Ele tinha prometido. É por isso que o tempo da profecia, como dissemos tantas vezes, foi a predição das promessas.

Prometeu-nos a salvação eterna, uma vida feliz sem fim na companhia dos anjos e uma herança incorruptível (cf 1Ped 1,4), a glória eterna, a doçura do seu rosto, a morada da sua santidade nos céus e, pela ressurreição dos mortos, deixarmos de ter medo de morrer. Tal é a sua promessa, o objectivo para o qual se dirige todo o nosso esforço e, quando lá chegarmos, já não teremos de procurar nem de exigir mais nada.

E o plano segundo o qual chegaremos a esse objectivo final foi-nos mostrado por Ele, pelas suas promessas e anúncios. Com efeito, prometeu aos homens a divindade, aos mortais a imortalidade, aos pecadores a justificação, aos humilhados a glorificação. 
 
Créditos: Evangelho Quotidiano

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