sábado, 15 de dezembro de 2012

Santa Edith Stein - O Mistério do Natal, Parte I: Encarnação e Humanidade






Quando os dias ficam cada vez mais curtos,
quando caem os primeiros flocos de neve (normal, no
inverno alemão), então surgem suavemente os primeiros
pensamentos natalinos.
Destas simples palavras emana um encanto ao
qual é difícil um coração ficar indiferente. Mesmo os
que têm uma fé diferente, ou os infiéis, para os quais
a antiga história da criança de Belém nada significa,
preparam-se para a festa e pensam, em como acender
um raio de alegria em toda parte. É como uma correnteza
quente de amor perpassando toda a terra, meses
e semanas antes. Uma festa de amor e de alegria.
Esta é a estrela para a qual todos se dirigem nos primeiros
meses de inverno. Para os cristãos e, principalmente,
para os cristãos católicos, significa algo mais:
a estrela os conduz para o presépio onde está a criança,
que traz a paz para a terra. A arte cristã apresentanos
isto através de inúmeros quadros formosos; cantos
antigos nos falam sobre isso, fazendo ecoar todo o encanto
da infância.
Para quem vive a liturgia da Igreja, os sinos do
“Rorate Coeli” e os cânticos do advento, despertam no
coração uma santa saudade; para quem está unido à
fonte inesgotável da santa liturgia, o grande profeta
da encarnação diariamente bate à porta com suas poderosas
palavras de advertências e promessas: “Céus,
gotejai lá de cima, e que as núvens chovam o justo! O
Senhor já está perto! Vinde adoremo-Lo! Vem Senhor,
não tardeis mais! - Jerusalém, regozijai com grande
alegria, pois o teu Salvador vem a ti”. De 17 a 24 de
dezembro, as grandes Antífonas do “Ó” conclamam
luz. Os sinos tocam para a
missa do galo, e se renova nos altares, enfeitados de
luzes e de flores, o milagre da noite santa: “E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós”. Agora sim, chegou o
momento da feliz redenção.
para o Magnificat (Ó Sabedoria, Ó Adonai, Ó Raiz de
Jessé, Ó Chave de Davi, Ó Sol Nascente, Ó Rei dos
Reis, Ó Emanuel), de forma mais saudosa e enérgica:
“Vinde, para nos libertar.” E, sempre mais promissora,
ecoa: “Veja, tudo se completou”(no último domingo
do Advento); e, finalmente: “Hoje sabereis que o Senhor
virá e amanhã contemplareis a sua glória”. Sim,
quando à noite, as luzes clareiam as árvores enfeitadas,
e os presentes são trocados, o desejo incompleto aponta
para um outro clarão de luz. Os sinos tocam para a
missa do galo, e se renova nos altares, enfeitados de
luzes e de flores, o milagre da noite santa: “E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós”. Agora sim, chegou o
momento da feliz redenção.




Fonte: Santa Edith Stein, O Místério do Natal, Editora da Universidade doSagrado Coração

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