terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Santa Escravidão de Amor



Para tornar-se santo , é preciso, pois, encontrar Maria, a Medianeira das Graças, e isto por uma “verdadeira devoção à Santa Virgem”










A dificuldade está, portanto , em saber encontrar verdadeiramente a divina Maria para encontrar toda graça adubante: Deus, sendo senhor absoluto, pode comunicar por si mesmo o que ordinariamente não comunica senão por Maria; não se pode negar, sem temeridade, que não o faça algumas vezes: no entanto, segundo a ordem que a divina Sabedoria estabeleceu, Ele não se comunica aos homens na ordem da graça senão por Maria, como diz São Tomás. É necessário para subir e unir-se a Ele usar o mesmo meio de que Ele se serviu para descer a nós, para se fazer homem e nos comunicar suas graças : e esse meio é uma verdadeira devoção à Santíssima Virgem.


A SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR


Há diversas verdadeiras devoções a Maria

I. A devoção sem prática especial


A primeira consiste em cumprir os deveres de cristão, evitando o pecado mortal, agindo mais por amor que por temor, invocando de quando em vez a Santa Virgem e horando-a como Mãe de Deus, sem, no entanto, nenhuma devoção especial para com Ela.


II. A devoção incluindo práticas particulares


A segunda consiste em ter para com a Santa Virgem, sentimentos mais perfeitos de estima, de amor, de confiança e de veneração. Leva a entrar em confrarias do Santo Rosário, do Escapulário, a recitar o Terço e o Santo Rosário, a honrar suas imagens e seus altares, em publicar seus louvores e alistar-se em suas congregações. E essa devoção , excluindo o pecado , é boa , santa e louvável; mas não é tão perfeita e tão eficaz de desapegar as almas das criaturas e de as desprender de si próprias para uni-las a Jesus Cristo.


III. A devoção perfeita: a da Santa Escravidão de Amor


A terceira devoção à Santa Virgem, conhecida e praticada por muito poucas pessoas, é esta que te vou revelar, alma predestinada. Consiste esta em dar-se inteiramente, na qualidade de escravo, a Maria e a Jesus por Ela, depois, em fazer todas com Maria, em Maria, por Maria e para Maria.Deixa-se à sua inteira disposição todo o valor satisfatório e impetratório de todas as obras: assim, após a oblação que delas se fez, embora sem nenhum voto, não se é mais senhor do bem que se faz; mas a Santíssima Virgem pode aplicá-lo a uma alma do Purgatório , para aliviá-la ou livrá-la, ou a um pobre pecador para convertê-lo.Põem-se , por esta devoção, os méritos próprios nas mãos da Santa Virgem; mas é para guarda-los , aumenta-los , embeleza-los, pois nós não nos podemos comunicar uns aos outros nem méritos da graça santificante, nem da glória. Damos-lhe, porém,todas as nossas orações e boas obras próprias, tanto como impetratórias, para que Ela as distribua e as aplique a quem e como aprouver, e se depois de nos termos assim consagrado à Santa Virgem desejarmos aliviar alguma alma do Purgatório, salvar algum pecador, sustentar algum de nossas mortificações, nossos sacrifícios, será necessário pedir-lhe humildemente e conformar-se com o que Ela determinar, sem o sabermos; ficando bem persuadidos de que o valor das ações, distribuídos pelas suas graças e seus dons, não pode deixar de ser aplicado para a sua maior glória.Disse que esta devoção consiste em dar-se a Maria na qualidade de escravo. É preciso notar que há três espécies de escravidão.


- A primeira é a escravidão por natureza; os homens bons e os maus são escravos dessa maneira.
- A segunda é a escravidão por sujeição; os demônios e os réprobos são escravos de Deus dessa maneira.
- A terceira é a escravidão de amor, voluntária; é aquela pela qual nos devemos consagrar a Deus por Maria, a maneira MAIS PERFEITA pela qual uma criatura se pode dar ao seu Criador.
Oh, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!


Fonte : Livro O Segredo de Maria ( São Luís Maria Gringnion de Montfort)


Créditos: Repórter de Cristo

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