Monja beneditina - (1256-1301) - Exercícios, n°6
«Senhor, que eu veja»
Em ti, ó Deus vivente, o meu coração e
a minha carne estremeceram e a minha alma se alegrou em ti, minha
salvação verdadeira (Sl 83,3). Quando Te verão os meus olhos, Deus dos
deuses, meu Deus? Deus do meu coração, quando me alegrarás com a visão
da doçura da Tua face? Quando preencherás o desejo da minha alma pela
manifestação da Tua glória?
Meu Deus, Tu és a minha herança,
escolhida entre todos, minha força e minha glória! Quando entrarei no
Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? Quando então, em vez do
espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para
que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de
aclamação (Sl 26,6)? Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo
da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e
proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram
magníficas (Sl 70,16)? Quando se quebrará o fio desta morte, para que a
minha alma possa ver-Te sem intermediários? (Gn 19,19) [...]
Quem se saciará à vista da Tua
claridade? Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na
admiração da glória da Tua face?
Créditos: Evangelho quotidiano
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