quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

André seguiu Jesus até à cruz... (Festa de Santo André, Apóstolo - 30/11)

No dia de Santo André, impressionou-me ver este santo prostrar-se subitamente à vista da cruz, sem conseguir conter a sua alegria e comunicando-a com palavras apaixonadas. 

 «Cruz boa», chama-lhe: cruz útil, honrosa, agradável; a cruz é todo o seu bem, o único bem pelo qual se deixa tocar. «Tanto tempo desejada», pois desejava-a com um ardor que fazia com que o tempo se lhe prolongasse. «Cruz ardentemente amada»: não há amor que não seja acompanhado de preocupação, e este santo procurava a cruz com a pressa e o temor de um homem que percebe não estar a encontrar, que não consegue encontrar imediatamente; e, quando a encontra, dir-se-ia que encontrou um tesouro, pois a felicidade que demonstra é a de um homem possuído por um amor extremo. «Buscada sem descanso»: eis a nossa regra, e foi por isso que ele mereceu encontrá-la. «Enfim preparada para o meu desejo ardente», palavras que assinalam um enorme desejo. 

Ele tinha de amar muito a Jesus Cristo para encontrar tanto prazer na cruz. Em geral, os homens são amados pelos bens que possuem; amar as suas misérias por amor a eles, porém, é coisa inaudita, pois o que espanta é que não sejam odiados pelas suas misérias. Não há amor maior que o de dar a vida pelos irmãos (cf Jo 15,13); mas este sacrifício tem graus, porque morrer com esta alegria, com esta pressa, é prova de um amor incomparável. Que fé!

 

Fonte: Evangelho Quotidiano

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