segunda-feira, 25 de julho de 2016

É preciso deixar o amor mercenário - Diálogos de Santa Catarina



Diz Deus Pai:


"Meus servos devem sair destes sentimentos de amor mercenário, a fim de se tornarem verdadeiros filhos e me servirem sem interesse pessoal. Eu recompenso qualquer labor, dou a cada um segundo seu estado e segundo seus atos. Assim, se eles não relaxarem no exercício da oração e de outras boas obras, e se forem progredindo com perseverança na virtude, chegarão a esse amor de filhos. De minha parte, eu os amarei como os pais amam a seus filhos, porque respondo sempre com igual amor, ao amor que tenham por mim. Se me amardes como um servo ama seu senhor, eu vos amarei como senhor, pagando-vos o devido, segundo vosso mérito; porém não me manifestarei a vós. Os segredos íntimos são reservados para os amigos, com quem formamos um só. Não se faz esta união com um servo...

Mas, se meus servos se envergonharem de suas imperfeições, se se decidirem a amar a virtude, se se empenharem com toda força em arrancar deles a raiz do amor próprio espiritual, se do alto do tribunal de sua consciência e usando a razão, eles não aceitarem em seu coração qualquer movimento de amor servil e de amor mercenário sem antes reformá-los pela luz da santíssima Fé, eu te digo que, agindo assim, eles me serão tão agradáveis que terão acesso a um coração amigo. Eu mesmo me manifestarei a eles, exatamente como proclamou minha Verdade quando disse: "Quem me ama, será amado por meu Pai e eu o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14,21)"


Diálogos de Santa Catarina de Sena, Cap. 60.
Fonte: Blog GRAA

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